Desculpa...

Daqui dá pra ver a chuva, cai fininha, o mar; queria estar longe e sozinha e cá estou.
Sinto que lá fora tem um vento mansinho, percebo que deve ser um sentimento só meu neste momento
Tento acreditar que tudo esta bem, estou aqui num lugar lindo, mas é verdade?
Uma realidade estranha toma conta de mim, insisto comigo mais um pouco e me deparo com a solidão.
Vejo o céu, estou ilhada num emaranhado de ilusões, usamos sinais diferentes em nossas operações...você era mais e eu fui ficando menos.
Agradeço ao tempo que me destes, obrigado pelo sorriso, pelas palavras por ter caminhado ao meu lado caro cidadão, mas me reservo ao direito de ter e querer muito mais, este meu silêncio não apavora?
Lá fora vejo bicicletas, automóveis, homens, mulheres, crianças, menos você, daqui não dá pra ver você.
Sei que julgarás minhas ações, minha fuga, mas nunca existiu, desculpa!
Talvez um dia ainda estaremos novamente juntos, talvez já até tenha me esquecido, mas ai eu ficarei de onde nunca deveria ter saido...na virada da lua num mundo só meu.....desculpa
Carnaval/1993 - Vitória/ES